quarta-feira, 13 de julho de 2011

- Ausência... -


Aqui estou, assoprando minhas palavras para que cheguem em seu coração.

Quando eu era o dedo e você anel, as coisas se faziam mais simples...
A noite cai, corpos se iluminam pelo reflexo da lua.
Nessas noites sem fim, enxergo mais claramente.
Caem todas as minhas defesas tal como a roupa no chão.
Os beijos abafam o som da voz que teima em continuar o monólogo.
Em noites assim, que nossos medos são sufocados por desejos saciados, pelo querer mais.

Você já se foi há muito tempo. Eu é que não te larguei ainda.
Sua ausência dói, foi uma fase de delícias e prazeres,
melhor seguir sem pensar na dor, pois irá sempre doer mais e mais se lembrada, bom pensar, foi por causa dessa dor, que sobrou uma recordação de sabores.

Que liguem a alma ao amor, a saudade a você.
Sinto-me tão vazia quanto meu dedo sem o anel.
Durmo acreditando que pelo menos meus sonhos farão as pazes comigo.

~Ana Brunini.